Por vezes, tudo parece escuro. Não se vislumbra qualquer luz, e nada parece trazer ânimo à nossa vida, mesmo que o lugar onde estamos tenha bom aroma e até seja aprazível…

Era assim, decerto, que se sentia Elias, no relato de I Reis 19. Ele sentia-se só, incompreendido (afinal, procuravam matá-lo!) e até, provavelmente, muito injustiçado. No seu desânimo, abrigou-se debaixo de um zimbro, uma árvore do género do arbusto, muito resistente, e aromática, cujo fruto possui propriedades medicinais. Mas Elias não escolheu o zimbro por causa dessas características, ainda que possa ter usufruído delas; Ele simplesmente se sentou onde poderia sentir algum abrigo, no meio da sua angústia, pois “(…) pediu, em seu ânimo, a morte”. (vers.4)

Quem nunca passou por momentos de aflição, nos quais se sente a lutar sozinho?

Decerto, todos nós passámos.

E esses momentos, em que não vislumbramos qualquer solução para o problema que enfrentamos, trazem consigo, invariavelmente, a dúvida.

Foi o que aconteceu com os discípulos de Jesus, no relato de Marcos 4:35-41, os quais tinham Jesus fisicamente consigo, no mesmo barco, mas permitiram que a dúvida lhes abalasse a confiança.