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- Memórias de 30 anos de Evangelho-2ª
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Muitas igrejas têm um fascínio pelo diabo, algo que considero doentio, pois passam o tempo todo a falar dele, parece que vêem o diabo em todos os cantos e em tudo o que pode não corre tão bem na vida. Eu acredito na sua existência, pois as escrituras sagradas o menciona e o próprio Jesus Cristo teve alguns diálogos, mas nada de mais, do que lembrar as escrituras e expulsar demónios na vida de algumas pessoas.
As igrejas da linha pentecostal ou neo-pentecostal estão muito ligadas na busca do sobrenatural, isto é, a tendência é seguir o que chamam de “mover do Espírito Santo”, que em mais de 90%, infelizmente nada tem a ver com o Espírito Santo. A raiz desta busca tem a ver com o episódio relatado no livro de Actos sobre o dia de Pentecostes, foi um dia em que o Espírito Santo veio sobre a vida de cerca de 120 pessoas que estavam reunidas numa casa e de repente, veio um vento impetuoso que encheu a casa, todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas estranhas. Este “fenómeno sobrenatural” tornou-se aquilo que eu chamo da “mãe” das igrejas pentecostais e neo-pentecostais. A busca dos sentimentos, do mover, do vento, do impetuoso, do fogo que vem do céu, das línguas, do poder, algo que mexe com as emoções das pessoas.
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