Seja feita a tua vontade...(Mt.6:9-13)
Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina como devemos orar, não para que seja uma oração repetitiva, mas pelos princípios que ela nos transmite.
Quero pegar o princípio: “Seja feita a tua vontade”.
A maioria dos cristãos sofrem com esta questão: “Qual é a tua vontade?” Todos queremos saber qual a vontade de Deus para as nossas vidas, quase que, como uma espécie de saber o futuro. O ser humano tem um certo fascínio pelo futuro.
Durante muitos anos, eu, também fui assim, mesmo como cristão, passei muito tempo a pedir a Deus: “Mostra-me a tua vontade, qual é a tua vontade?” Até que, ao passar destes anos todos, fui aprendendo algo que passo a partilhar com o leitor.
Cheguei à conclusão, ao ler a bíblia, com ajuda do Espírito Santo e com a experiência dos anos que passam, que a maioria de nós, abordamos de forma errada este assunto.
E a forma errada, é que oramos sempre do lado da nossa perspectiva e pouco ou nada da perspectiva de Deus. Queremos saber a vontade de Deus para tudo: com quem devemos casar, se fazemos ou não negócio, se devo ou não entrar no ministério, o que Deus quer de mim, e tudo está centrado em nós, na nossa perspectiva. No entanto descobri, que esta “seja feita a tua vontade” tem a ver com Deus, com a vontade Dele, na perspectiva dele, ele tem uma vontade, dele mesmo, que deseja que seja feita nesta terra, assim como ela é feita no céu. Enquanto todos nós, estamos a pensar, na nossa vida e a pedir constantemente “Oh Pai faz a tua vontade na minha vida”; Deus está desejoso, que a vontade dele seja feita aqui nesta terra.
Qual é a vontade de Deus? Que vontade é esta que, Jesus pede para que oremos e a inclui na oração do Pai Nosso? Que vontade é esta que em todo o novo testamento, vemos referências à vontade de Deus? Como por exemplo em Hebreus diz: “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa”. (Heb.10:36)
“Disseram-lhe, pois: “Que faremos, para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou”.(João 6:28-29)
“Porque eu deci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum, de todos aqueles que me deu, se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê n’Ele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. (João 6:38-40)
O que acabamos de ler, é a verdadeira vontade de Deus Pai. Agora entendo melhor a oração do Pai Nosso, “Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade”. O desejo de Deus é que a humanidade creia no seu Filho. Em Hebreus diz, que necessitamos de paciência, para que, depois havermos feito a vontade de Deus, possamos alcançar a promessa. Que promessa? A vida eterna.
Quem crê em Jesus Cristo e leva outros a crer, está a fazer a vontade de Deus, e o prémio é a vida eterna, bem como o perdão de nossos pecados.
Agora entendo: “Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, a tua justiça, quando alguém crê em Jesus Cristo é justificado pela fé. (Romanos 5:1-2).
Andamos preocupados com nós mesmos, a querer saber qual a vontade de Deus para as nossas vidas, para que tudo possa dar certo, quando, o segredo para tudo dar certo, é preocuparmos-nos em fazer a vontade de Deus nesta terra. Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura. (Marcos 16:15)
Mas então? E nós ? e a nossa vida? Não existe uma vontade de Deus para nós? Quero dizer ao leitor, que a nossa vida deve ser pautada pelo crer em Jesus Cristo. Ao crermos em Cristo, leva-nos a agir em conformidade com a palavra de Deus. Por isso ele exorta-nos a ouvir e a praticar a Sua Palavra.(Mateus 7:24).
Na palavra de Deus encontramos tudo o que necessitamos de saber para fazer a vontade de Deus nas nossas vidas. O resto são as nossas escolhas, pois Deus deu-nos uma cabeça para pensar, e livre arbitro para decidir.
Deus abençoe!
José Fidalgo.